quinta-feira, 30 de julho de 2009

As Vantagens e Desvantagens

As vantagens
A ideia de Patrick Thornton é um reforço para a ética online no geral e uma garantia aos seus utilizadores. Para o jornalista Alexandre Gamela o selo de ética online revela-se ser uma “espécie de rede social de conteúdos onde sabemos que o que circula dentro dessa rede obedece a padrões elevados de qualidade. Essa consensualidade criaria um nível superior de conteúdos, separado dos restantes, que seriam piores, e/ou parasitários.” Para o jornalista pode ser uma maneira simples de trazer transparência, objectividade e até publicidade aos sites e blogs. É uma forma de ajudar os usuários a descobrir os conteúdos mais importantes.
E as desvantagens
Primeiro: o conjunto de regras definidas para o selo de ética online que garantissem a qualidade teria de ser constantemente modificados porque “a criação de um padrão que teria que ser estabelecido não sabemos por quem e aceite por todos, e consensos numa indústria que se encontra cada vez mais fragmentada é quase impossível. Além disso, um grupo de comunicação pode de repente decidir que a certificação existente não lhe convém e cria uma outra, e depois outro e assim sucessivamente. Mesmo gerida por uma entidade independente, duvido que seja uma realidade funcional” como afirma Alexandre Gamela.
Segundo: como foi referido na introdução o jornalismo tem parâmetros de ética e deontologia que garantem a qualidade dos mesmos, não esquecendo que os próprios sites têm políticas para a utilização das entidades que criam o seu espaço online. Por sua vez também garantem a protecção e segurança dos trabalhos jornalísticos por isso o selo seria dispensável neste plano.
“(…) há softwares que contribuem para aumentar a segurança na utilização - proteger os direitos de copyright, proteger os dados pessoais do utilizador, minimizar os riscos de usurpação que retiram autenticidade ao que é publicado, utilizações abusivas, etc. “
“(…) normalmente os sites informam que "as publicações electrónicas contidas neste site estão submetidas à lei portuguesa, na medida em que a mesma lhes for aplicável, nomeadamente para efeitos de responsabilidade pelos factos, opiniões, artigos e comentários de pessoas ou organismos devidamente identificados, bem como relativamente à protecção de fontes e outros deveres, direitos e liberdades aplicáveis à imprensa escrita." (cfr. http://www.rtp.pt/.”
Carla Martins

Society of Professional Journalists – SPJ code of ethics aqui
Terceiro: “o público online não é passivo como o público da televisão” Alexandre Gamela Daí não se justificar um selo de ética porque os utilizadores dos sites de meios de informação é que fazem a sua nomeação, onde escolhem os que confiam mais o jornalista diz que “a informação na web tem um factor de envolvência importante” por exemplo “As televisões não têm selo ético e o telejornal mais visto em Portugal é provavelmente o pior deles todos, a nivel de qualidade e ética, mas é o mais visto. Não é o selo, por mais válido que seja, que vai credibilizar ou atrair mais público. A credibilidade é feita com trabalho, o público é uma questão de saber o que se diz, como, e a quem. O resto acontece por si mesmo.”

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