sexta-feira, 31 de julho de 2009
Crise não ameaça férias dos portugueses
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Selo de ética online para sites de meios de informação jornalística
Introdução
A proposta de trabalho aqui apresentada fala sobre a certificação, em particular, de sites de meios de informação jornalística. O tema partiu da ideia de Patrick Thornton que defende a criação de um selo ético online para blogs e websites, algo idêntico ao Creative Commons, ou seja uma licença traduzida em selo que certificasse a qualidade dos sites. Para o jornalista é uma maneira simples de trazer transparência, objectividade e até publicidade. Mas justifica-se haver selo de ética online para os meios de informação jornalística? A certificação de blogs e websites estende-se a um vasto campo de sites que têm de cumprir com determinadas regras de política e utilização dos mesmos. Além disso a prática jornalística online cinge-se por regras deontológicas e éticas que prevêem a sua qualidade informativa. Contudo poderá haver algumas vantagens? E quais as suas desvantagens? Nesta discussão tentar-se-á ao máximo responder a estas questões tendo em conta opiniões de alguns especialistas e estudos sobre a matéria.
O que se entende por certificação de sites?
Quando se cria um site ou um blog o utilizador é obrigado a aceitar os termos e condições de utilização e politica de privacidade sugeridos pela entidade. Esses termos e condições de utilização garantem às instituições que criam o site, privacidade e segurança. Daí a certificação de site passar por um conjunto de regras que o utilizador tem de aprovar e obter a licença para utilizar os serviços online. O mesmo acontece quando somos apenas visitantes de um website.
Termos de utilização do Poynter Online aqui
O jornalista e editor do beatblogging.org Patrick Thornton sugeriu no seminário de Poynter a criação de um selo online para websites e blogs (divididos em cinco categorias por níveis). A ideia dos selos éticos online de Thornton é ter algo idêntico ao Creative Common que é um site "sem fins lucrativos que disponibiliza licenças flexíveis para obras intelectuais". O objectivo também passa por uma licença traduzida em selo.
"The idea is very simple — to form a series of ethics seals that Web sites, blogs and news organizations could embed on their Web sites. I want these seals to be in the same vein as the Creative Commons."
Mas esta ideia será habilitada para os sites de meios de informação jornalística? Justifica-se haver um selo de ética online?
Como afirma Carla Martins antiga jornalista da RTP, actualmente Investigadora da Unidade de Análise dos Media da ERC e também professora do curso de jornalismo da Universidade Lusófona em Lisboa, "a garantia da qualidade vem do respeito e credibilidade junto dos públicos e outros destinatários da informação e por vezes é também reconhecida por prémios e distinções do meio ou dos seus profissionais." Por isso o selo de ética online pode ser irrelevante para este tipo de sites informativos.
Conclusão
Para o jornalista Alexandre Gamela “A certificação externa é uma boa forma de incentivo mas não vem resolver nada, numa questão que é fundamental para a credibilização de uma actividade fundamental em qualquer sociedade que pretenda viver em liberdade e consciência.” Da mesma opinião Carla Martins defende que “a primeira, e principal na minha perspectiva, forma de certificação dos sites informativos é a própria qualidade da equipa editorial que os produz: não existirá qualquer software ou selo de qualidade que possa garantir a qualidade e o rigor dos sites informativos excepto a qualidade e o rigor dos próprios conteúdos.”
As Vantagens e Desvantagens
“(…) há softwares que contribuem para aumentar a segurança na utilização - proteger os direitos de copyright, proteger os dados pessoais do utilizador, minimizar os riscos de usurpação que retiram autenticidade ao que é publicado, utilizações abusivas, etc. “
“(…) normalmente os sites informam que "as publicações electrónicas contidas neste site estão submetidas à lei portuguesa, na medida em que a mesma lhes for aplicável, nomeadamente para efeitos de responsabilidade pelos factos, opiniões, artigos e comentários de pessoas ou organismos devidamente identificados, bem como relativamente à protecção de fontes e outros deveres, direitos e liberdades aplicáveis à imprensa escrita." (cfr. http://www.rtp.pt/.”